Justine Dupont e Edouard Delpero vencem Longboard Pro Espinho.

Justine Dupont e Edouard Delpero vencem Longboard Pro Espinho.

Justine Dupont. Foto: Masurel / WSL
Vitória gaulesa no início do Espinho Surf Destination… 
Os franceses Justine Dupont e Edouard Delpero venceram ontem o Longboard Pro Espinho, a primeira etapa do circuito mundial de longboard na Europa em 2018 e a prova que inaugurou a quinta edição do Espinho Surf Destination
Em boas ondas de 1,5 a 2m, sol e com muito público assistindo, Justine, que já  tinha se destacado no sábado, voltou a não dar hipóteses às suas adversárias e venceu mesmo o evento, mostrando muita atitude e porque é considerada uma das surfistas mais completas do mundo.
Surfando com uma prancha portuguesa, do conhecido shaper e multi-campeão nacional Lufi, a vice-campeã mundial de 2007 bateu na final a brasileira Chloe Calmon, vice-campeã mundial em 2017 e vencedora das duas primeiras edições desta prova, que desta vez teve de se contentar com o segundo lugar.
“A minha estratégia era chegar ao outside e apanhar as duas melhores ondas,” afirmou uma satisfeita Justine Dupont após a final. “Queria fazer isso com calma, bateria a bateria e tentar chegar o mais longe possível. Estou muito satisfeita com a vitória, ainda por cima sobre a Chloe Calmon, que é a vice-campeã mundial. Temos aqui um ótimo grupo e adoro vir a Portugal, é um país que me encanta sempre. Obrigada!” concluiu a simpática gaulesa.
Nas semifinais, em terceiro lugar  ficaram a norte-americana Lindsay Steinriede e a inglesa Emily Currie, que também abriram bem a temporada europeia.
Na prova masculina, a final foi composta pelos dois atletas que mais espectáculo e consistência mostraram ao longo de toda a prova – o francês Edouard Delpero e o inglês Ben Skinner. Edouard, vice-campeão mundial e também um surfista muito completo, acabou encontrando a melhor onda da final (8,17 pontos em 10 possíveis), o que acabou fazendo a diferença numa bateria em que a maré cheia e o cansaço dos atletas (que hoje fizeram quatro eliminatórias cada) não deixou muito espaço para grandes escolhas.
Assim, Edouard venceu pela primeira vez em Espinho, “vingando” a eliminação do seu irmão Antoine frente ao inglês, logo pela manhã, e obrigando Ben Skinner a dar-se por satisfeito com o segundo lugar este ano, depois de ter sido o vencedor em 2015. Skinner surfou igualmente muito bem até à final, onde acusou mais o cansaço do que Edouard.
“Eu só queria surfar bem, porque o Ben também estava em ótima forma. Na realidade o plano era pegar uma onda boa e, se possível, outra a seguir… tentando não partir mais pranchas… quebrei quase todas! Levamos umas boas ‘bombas’ no mar hoje, eu e o Ben… é claro que estou muito satisfeito por vencer aqui, finalmente, mas na realidade somos todos amigos e viajamos juntos a maior parte do tempo”, afirmou o francês, que em 2017 tinha sido vice-campeão da prova e assim iguala também o irmão mais velho, Antoine, vencedor em 2016.
Nas semifinais ficou outra dupla franco-britânica, mas talvez as maiores (boas) surpresas da prova. Benoit Carpentier e Jack Unsworth, dois talentos da nova geração europeia, mostraram igualmente bom surf até essa fase, onde acabaram por ser eliminados pela maior experiência de Ben e Edouard, respectivamente. O terceiro lugar assentou-lhes bem e acabou sendo um resultado justo.
Já nas quartas de final, em quinto lugar, terminaram o espanhol Alberto Fernandez, o francês Remi Arauzo, o brasileiro Augusto Olinto e o inglês Ben Howey, responsável por uma das maiores surpresas da prova, nas oitavas de final, ao eliminar o brasileiro Rodrigo Sphaier, sempre um forte candidato ao título de cada prova e um dos melhores longboarders do primeiro dia.
Sphaier teve de contentar-se com o nono lugar na edição do Longboard Pro Espinho deste ano, assim como Antoine Delpero (que foi eliminado por Ben Skinner, numa verdadeira final antecipada!), o italiano Frederico Nesti, o uruguaio Julian Schweizer, o inglês Evan Rogers, o francês Emilien Fleury (vencedor aqui em 2017), o tahitiano Moana Domenech e o campeão nacional português, Diogo Gonçalves.
“Foram três dias de grandes ondas e de condições desafiantes, tanto para a organização como para os atletas, que foram uns autênticos heróis, superando os seus próprios limites,” afirmou Gonçalo Pina. “Espinho mostrou as ondas que é capaz de proporcionar e ofereceu um grande espectáculo, gratuito, ao público que apareceu para assistir. Penso que ninguém saiu hoje daqui defraudado e que este evento abre ótimas perspectivas para o que ainda falta do Espinho Surf Destination 2018,” concluiu um dos responsáveis pela organização.
O Espinho Surf Destination 2018 faz agora uma pausa de dois dias e volta na quarta-feira, dia 21 de Março, para abrir a Primavera com a primeira etapa europeia do circuito mundial de juniores deste ano, que se realizará até ao próximo Domingo, dia 25.
Por: Surf Today / fonte: Surf Total.